Após todos estes acontecimentos e lembranças desagradáveis, achei por bem tomar uma cerveja, para simplesmente espairecer um pouco, tornar a vida mais leve e ainda tinha uma ressaca do dia anterior para curar. O que me impedia então? Escolhi o pior bar que achei, e me sentei, para meditar um pouco sobre a vida.
Ao chegar a primeira garrafa de cerveja, passei a pensar em todo o trabalho que seria preparar uma bebida como aquela. Aferrei-me à uma adoração praticamente wertheriana da coisa toda, desde o plantio da cevada, a espera para crescer, e quando chegasse a colheita, jovens germânicas saudáveis e risonhas, com fartos seios que passariam tardes alegres de sol a colher a cevada nos campos, e ao final de cada dia de labuta, tomariam banho todas juntas, ensaboando-se mutuamente...
Maldito capitalismo, acabando com a poesia do mundo.
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